“São apenas 140 caracteres produzidos por usuários cadastrados”. Fundado por Biz Stone, Evan Williams e Jack Dorsey, o Twitter estreou com a mensagem “apenas configurando meu twttr”, e há cinco anos quando tuitaram isso pela primeira vez, não imaginavam que estavam dando à luz uma das maiores revoluções do mundo virtual.
Digo revoluções do mundo virtual porque esse simpático microblog é uma extensa rede de relacionamentos, notícias e informações. Um canal fantástico de comunicação, que dissemina ideias, forma opinião e liga pessoas do mundo inteiro, em tempo real.
Hoje em dia a gente segue, a gente bloqueia, a gente posta. Novos verbos como “twittar” se incorporam rapidamente ao vocabulário diário, nos dando a estranha sensação de que não podemos mais viver sem essas palavras.
A mídia social elegeu o Obama, está revolucionando o jornalismo, acabou com a guerra no Irã, está reinventando a propaganda, implementando saúde e educação.
E está vendendo minha gente!
Empresas como O Boticário, Bradesco, Claro, Dell estão utilizando o Twitter para vender produtos e solucionar problemas dos clientes. A fabricante de eletroeletrônicos LG o utiliza para fazer promoções instantâneas e a IBM, para facilitar a comunicação entre seus cientistas. O varejista online Submarino também está presente, pois mais de oito mil pessoas optaram por receber promoções pelo Twitter. Algumas empresas de mídia também aderiram como Terra, UOL e BBC.
Mais aí entra a famosa pergunta: o que uma empresa pode ganhar utilizando uma rede social como o Twitter?
Simples. Um contato mais próximo com o consumidor. Quando a empresa identifica alguma mensagem de desagrado ela tem a opção de responder as reclamações. Esse tipo de atendimento personalizado pode reverter a situação.
Grandes empresas têm usado o Twitter para questionar consumidores sobre mudanças nos produtos e para identificar insatisfações. A Johnson & Johnson, por exemplo, descobriu inúmeros tweets reclamando do comercial de um de seus produtos. Então a empresa agiu de forma rápida, se desculpou com o público e retirou a propaganda do ar.
As empresas que usam esse tipo de ferramenta costumam fazer uma busca por suas marcas para verificar se elas estão associadas a algum fenômeno, seja positivo ou não.
Se os clientes optam por serem seguidores de uma empresa no Twitter, eles também tendem a ajudar a promover a marca. A rede pode auxiliar as empresas a estimulá-los, principalmente com promoções, tweets bem humorados ou informações de valor.
A facilidade e a informalidade que permeiam a rede social, contudo, não dispensam o planejamento prévio por parte da empresa que queira usar a ferramenta profissionalmente.
Até poucos anos atrás a comunicação de massa era de um para todos. Da TV para o telespectador, do jornal para o leitor, da rádio para o ouvinte e assim por diante. Quem detinha os meios de comunicação, detinha o poder. Isso mudou! Agora todos podem produzir e receber informações através da maior rede de comunicação do planeta: a Internet. “Mídia” são os meios e “Sociais” são os relacionamentos. É hora de comemorar a comunicação de todos para todos.
FONTE: Instituto Forrester Research, Compete Consulting Group.
Por Milene Guerra | Jornalista